Conforme Bozon e Costa (apud OLTRAMARI, 2009, p.672-674) o amor é uma experiência que se faz através de uma lógica prática, ou seja, escolhemos quem iremos amar e geralmente são pessoas que compartilham identidades semelhantes a nossa. E que este amor amadurece a partir de uma prática social e cotidiana, onde os amantes quando estão se conhecendo vão trocando suas confidencias, seus medos e metas, ou seja, “permitindo ao outro dar alguma coisa precisamente sendo tal como ela é.” [1] Assim, construindo uma relação amorosa madura, não como algo místico, mas conforme a interação dos amantes.
Esta interação começa a partir do primeiro encontro, que será o fundador de um possível amor, dependendo do tipo de relação que será estabelecida. Assim, conforme Barthes (apud OLTRAMARI, 2009, p.672) este encontro parecerá mágico, pois acontecerá antes dos confrontos intrínsecos ao relacionamento amoroso. Após este momento inicial, existem fatores essenciais na constituição da prática amorosa, conforme ressalta Barthes (2003) e Silva (2005).[2] Entre estes, ressalto a importância da comunicação, que será um meio pelo qual o sujeito poderá revela-se, mostrar ao outro como ele é, construindo uma relação baseada no respeito à individualidade, na diferenciação entre as pessoas. Outro requisito fundamental é a confiança, que está relacionada à credibilidade que uma pessoa tem em relação à outra. É manter um comportamento de segurança consciente mesmo diante dos riscos. E esta confiança irá aumentar conforme se estreitam os laços entre o casal.
