domingo, 16 de outubro de 2011

O mito de Eros e Psique


Já ouviu falar sobre o mito de Eros e Psique? Não? Pois abaixo segue o relato e em outra postagem, conversaremos um pouco sobre este mito...

Psique era uma mortal, considerada na mitologia grega como a personificação da alma, que é o princípio que anima o universo.

Psique, junto com suas duas irmãs, chamava muita atenção devida sua beleza incomparável. Sendo a mais nova e a mais bela, acabou sendo cultuada como a encarnação de Afrodite, causando um esvaziamento no templo da deusa. Afrodite, com raiva desta situação, pede para seu filho Eros fazer com que Psique se apaixone por alguém indigno desta sorte.

As irmãs mais velhas de Psique já haviam casado, enquanto ela vivia amargurada em sua solidão, apesar de ser a mais bela das três. Seus pais, preocupados com esta situação, pedem orientação ao oráculo de Apolo, que os orienta a deixá-la num alto de um rochedo, toda vestida de noiva, para que um monstro horrível a buscasse, pois seu destino não era casar com um mortal. Estes ficaram muito tristes com o destino de sua filha, mas obedeceram.

Psique, conformada com seu fim, é deixada sozinha no alto do monte, segundo plano de Afrodite. Porém, Eros, ao ver tamanha beleza de Psique, acaba se ferindo com uma de suas setas, apaixonando-se no mesmo instante. Apaixonado, Eros pede para Zéfiro, deus do vento, levá-la a seu palácio. Quando esta acordou, se encontrava num local perfeito, onde tinha servos invisíveis a sua disposição. À noite, Eros a desposou com muito carinho e lhe prometeu que seria o melhor dos maridos, mas que ela nunca poderia lhe ver, senão, iria perdê-lo para sempre. Diante de tanto amor que Psique recebia diariamente, esta acabou amando-o.

Porém, com o passar do tempo, ela começou a sentir falta de sua família, e pediu permissão a Eros para ir vê-los. O deus, através de sua sabedoria e onisciência, lhe advertiu que isto seria perigoso e traria péssimas consequências. No entanto, depois de tantas súplicas, Eros acabou permitindo. Ela foi recebida com muito carinho por sua família, mas suas irmãs, vendo que ela estava muito feliz, começaram a ficar com inveja dela, e inocentemente, Psique contou que nunca tinha visto a fisionomia de seu esposo e que estava grávida. Suas irmãs, querendo prejudicá-la, aconselharam-na que a noite, ela deveria iluminá-lo com uma vela e matá-lo, caso fosse um monstro horrível, antes que ele fizesse isto com ela e com a criança que ela estava esperando. Influenciada por suas irmãs, ela acendeu uma vela e foi olhar Eros e ao ver sua beleza incomparável, encantada, acabou deixando cair um pingo de cera em seu peito, fazendo-o acordar.

Decepcionado com a atitude de Psique, Eros cumpriu o que havia prometido: abandonou-a. Psique, desesperada pela perda de seu amor, fica desnorteada, não se alimentando e nem repousando, só vagando pela terra. Pã, deus dos rebanhos e dos pastores, tendo piedade dela, lhe aconselha a enfrentar as dificuldades de maneira produtiva, tentando conquistar seu amado novamente e pedindo a Afrodite uma oportunidade de reconquistá-lo. Esta repassou para Psique quatro desafios humanamente impossíveis, e depois de muitas humilhações, Psique aceitou as provas com o intuito de recuperar a vida e seu amor.

A primeira prova foi separar por espécies, em uma única noite, milhares de grãos misturados. Já cansada, e vendo que o tempo era insuficiente para terminar isto, começou a se desesperar. Até que as formigas, tendo compaixão dela, realizaram o trabalho solicitado no tempo certo. Na segunda tarefa, ela teria que trazer a Afrodite, flocos de lã polvilhados de ouro, pertencentes às ovelhas selvagens, agressivas e carnívoras. Disposta a isto, ela decidiu se jogar no rio para alcançar a outra margem. Porém, um caniço (planta parecida com um bambu) aconselhou que ela deixasse para fazer isto à noite, quando o rio estivesse tranqüilo e as ovelhas dormindo e existiram blocos de lã presos na vegetação. Ouvindo este conselho, ela conseguiu realizar mais um desafio.

A terceira prova dada por Afrodite a Psique, foi que esta deveria pegar um pouco das águas sagradas e escuras dos rios infernais. Porém, existiam dois dragões que vigiavam sempre este rio. Psique ficou com tanto medo que tentou se matar. No entanto, Zeus, comovido, resolveu ajudá-la. Enviou sua águia, que com o jarro no bico, passou num vôo rápido, pelos dragões, pegou a água e trouxe de volta para Psique e esta levou para sua sogra, recebendo sua ultima prova, que era a mais difícil. Ela deveria ir até Perséfone, no reinado de Hades, deus das profundezas do inferno, e lhe pedir um pouco de juventude e beleza eterna, em nome de Afrodite. Só que a única maneira de se chegar às profundezas do inferno era por meio da morte, então, Psique subiu num alto de uma torre com o propósito de se atirar. Porém, a torre lhe aconselhou a não fazer isto e lhe ensinou um caminho mais curto para chegar ao mundo dos mortos. Ela não deveria ir de mãos vazias e nem perder seu foco devido algumas tentações que encontraria pelo caminho. Levou em sua boca duas moedas gregas e em cada mão um bolo de cevada e mel.

A primeira tentação foi um homem lhe pedindo ajuda para apanhar alguns gravetos, mas lembrou-se da admoestação da torre e não lhe deu ouvidos, seguindo seu percurso. Ao chegar ao rio dos mortos, pagou com as duas moedas, sua passagem de ida e volta ao barqueiro Caronte. No meio da travessia, encontrou um homem lhe pedindo para subir no barco, mas não se deixou vencer pelo sentimento de piedade, conforme recomendações da torre. Ao terminar a viagem de barco, avistou o castelo e seu guardião, Cérbero, um cão de três cabeças, e lhe deu um dos bolos para poder entrar e depois o outro para sair do castelo.

Ao entrar no castelo, encontrou umas velhas tecedeiras que lhe solicitaram ajuda, mas não lhe deu atenção. Quando finalmente se encontrou com Perséfone, ele lhe ofereceu uma cadeira para descansar e apetitosas iguarias, mas sabendo que era mais uma sedução, recusou e sentou-se no chão, apenas lhe solicitando o pedido de Afrodite. Após ter conseguido, passou novamente por todas as tentações, mas permaneceu firme, pois sabia que suas atitudes determinariam a reconquista de seu amor.

A torre lhe havia aconselhado para não abrir a encomenda que receberia, mas não conseguindo dominar sua curiosidade, abriu e caiu num sono profundo, se desviando de cumprir sua última prova. Mais uma vez vemos que Psique perde a oportunidade de esta com Eros devido sua imensa curiosidade. A primeira foi quando ouviu e cumpriu os conselhos das irmãs.

Eros, já cansado de ver sua amada sofrendo, vai vê-la e tirá-la do sono da morte. E lhe mostrou como novamente sua curiosidade tinha prejudicado. Mesmo assim, ele a perdoou e pediu que completasse a tarefa, levando o solicitado para sua mãe. Depois, Eros implorou a Zeus, o deus dos deuses, que lhes permitissem ficasse juntos, pois até então, os deuses do Olímpio não podiam casar com mortais. Então, Zeus convenceu a todos os deuses, inclusive Afrodite, a união dos dois. Estes receberam a bênção de Zeus e psique sua imortalidade. Ambos viveram juntos para toda eternidade e teve apenas uma filha, a Hedonea ou a Volúpia, deusa do prazer.

2 comentários:

  1. Olá! Visitando seu blog, pela primeira vez...e eu...realmente...desconhecia sobre o mito de Eros e Psique...e agora entendi... a sua descrição da nossa sempre relação com o outro... gostei!
    Parabéns pelo blog, sucessos e bom final de semana!
    quando der visite, blog iniciante; felisjunior.blogspot.com/

    ResponderExcluir
  2. Obrigada Junior! Suas sugestões e comentários ajudaram a divulgar meu blog.

    Bom final de semana!

    ResponderExcluir